Carolina, além de diretora comercial da COFCO para grãos e oleaginosas é gestora, mãe e cidadã responsável
Blockchain, inteligência artificial e um fluxo constante de inovação digital estão transformando o comércio de commodities. Mas para Carolina Hernandez, diretora comercial de grãos e oleaginosas da COFCO no Brasil, a tecnologia apenas complementará as relações humanas, não as substituirá.
"Eu abraço totalmente a revolução digital que atualmente transforma nossa indústria", diz ela.
"Mas a realidade da minha equipe e meu trabalho diário é que as interações humanas ainda estão no centro de tudo o que fazemos."
Sua excelente habilidade de relacionamento ajuda a explicar a ascensão de Carolina para liderar uma das divisões mais estratégicas da empresa. Tendo crescido em uma família unida, cercada por irmãos e primos, a jovem colombiana diz que reúne forças de seu povo.
Mas, apesar de suas fortes raízes familiares, quando jovem, Carolina não se esquivou de fazer escolhas independentes. Em vez de ingressar nos negócios bem-sucedidos de aves de sua família, ela decidiu estudar negócios e economia fora de casa e depois aceitar um emprego em um país diferente.
"Eu queria me provar, encontrar algo que me moldasse e me definisse corretamente", explica ela. "Um emprego nos negócios da família não significa conquista - pensei que seguir o caminho mais fácil poderia me estragar."
O seguro e o risco
Dos estudos de mestrado na Universidade de Los Andes, na capital da Colômbia, Bogotá, Carolina, foi direto para o comércio, como trainee no programa internacional de outro importante agronegócio internacional. De Bogotá, a empresa a mudou para São Paulo, no Brasil, onde ingressou na equipe comercial de proteínas e óleos vegetais.
Há mais de sete anos, Carolina está na COFCO International. Em seu cargo atual, ela gerencia uma equipe indireta de mais de 500 pessoas que originam, processam e comercializam todos os anos milhões de toneladas de soja, milho e trigo do Brasil para o mundo.
O Brasil é um dos países mais importantes no mapa da COFCO. A equipe precisa se adaptar constantemente aos mercados globais. Para ter sucesso, os gestores da COFCO devem ser capazes de equilibrar as pressões externas e internas. A equipe do Brasil passou recentemente por uma grande reestruturação, buscando estabelecer as bases adequadas para um maior crescimento.
Como Carolina gerencia o nível de detalhes e pressão? Ficando perto dos aspectos mais difíceis do negócio.
"Cubro seis unidades de negócios, incluindo originação, comercialização, distribuição, esmagamento e biodiesel, cada uma com suas próprias particularidades e equipes", diz ela.
“A chave para mim é dividir minhas unidades no que mantém uma margem estrutural e no que é uma operação de puro risco. Meus olhos supervisionam todas as unidades, mas minha maior atenção está nas áreas que exigem uma cuidadosa percepção de risco e recompensa.”
Um cidadão consciente
Um dos riscos no radar da Carolina é a sustentabilidade. Como gestora, mãe e cidadã responsável, diz ela, as mudanças climáticas e a perda de biodiversidade são questões próximas ao seu coração.
Mas os setores público e privado devem compartilhar a responsabilidade pela mudança.
“Muitos agricultores deste país já estão fazendo um ótimo trabalho quando se trata de melhorar suas ações de sustentabilidade”, diz ela. “Agora todos precisam se unir para entender sua realidade, apoiar e incentivar a fazer a coisa certa”
Olhando para o futuro
O Brasil, um dos produtores agrícolas mais importantes do mundo e uma fonte crítica de crescimento para os negócios da COFCO na China, é "exatamente o lugar onde eu quero estar", afirma.
Dado o potencial do país para uma maior expansão em culturas e infraestrutura, ela diz que é aqui que ela pode fazer uma diferença maior. "Eu quero aproveitar a oportunidade."