No Brasil, o Time de Açúcar da COFCO permite que a natureza funcione melhor
Nos campos rotativos do estado de São Paulo, uma revolução silenciosa começou. Ao desenvolver novos métodos para aumentar a produtividade, a equipe de açúcar da COFCO está substituindo o uso de agroquímicos para mais soluções de origem biológica.
Pragas como a broca da cana-de-açúcar podem ter tamanho reduzido, mas causam grandes danos à cana. Até mesmo os nematoides – pequenos e invisíveis a olho nu - possuem dentes afiados que mordem as raízes da cana-de-açúcar. Estes organismos prejudicam a capacidade da cana de extrair nutrientes e água do solo.
A solução tradicional tem sido a eliminação destas pragas com inseticidas e outros produtos químicos. Porém, desde 2015, a COFCO pesquisa e aplica métodos alternativos para mantê-las sob controle.
"A diferença está na nossa visão para o futuro", diz Patricia Fontoura, cuja equipe realiza técnicas inovadoras. "Acreditamos em um melhor equilíbrio entre a produção e meio ambiente."
Em 2018, as quatro usinas da COFCO no Brasil trituraram 16 milhões de toneladas de cana para produzir açúcar, etanol e energia. Com um montante de mais de um milhão de toneladas de açúcar, a companhia é uma das cinco principais produtoras de açúcar e etanol do Brasil, que é o maior país produtor de ambos os derivados.
Patrulha de Vespas
Desde 2015, a equipe de Patricia pesquisa formas menos agressivas de promover o aumento da produção. Em vez de pulverizar os campos com produtos químicos, são inseridos fungos e bactérias no solo ao plantar a cana. Cada um age de uma maneira diferente: alguns contaminam a população de insetos, impedindo a reprodução, já outros matam as pragas quando seus esporos germinam e penetram suas peles, se desenvolvendo dentro dos corpos.
As vespas também são usadas no controle de pragas: “Eles sentem o cheiro das lagartas, depois as caçam, matam e usam para se alimentar”, diz Patricia. "As vespas são predadoras naturais."
Após quatro anos de inovação, a produção de açúcar aumentou, em média, 30% por hectare, enquanto o uso de nematicidas, inseticidas e fungicidas caiu entre 30 e 100%.
"Nossas técnicas não são fáceis de adotar e exigem habilidades e conhecimentos especializados", diz Patricia, que trabalha como Gerente de Planejamento e Desenvolvimento Agrícola. "Contudo, estamos orgulhosos dos resultados."
Fertilizantes orgânicos
A equipe de Patricia também substituiu os fertilizantes sintéticos por resíduos e subprodutos de suas usinas. Quando o açúcar e o etanol são extraídos da cana, é possível aproveitar seus resíduos, ricos em nutrientes como fósforo, potássio e matéria orgânica.
"Utilizamos 100% de nossos subprodutos industriais, incluindo o bolo do filtro e as cinzas das caldeiras", diz Patricia.
Além de reduzir custos, essa abordagem biológica também protege o meio ambiente local. O plantio direto e a cobertura natural durante a estação chuvosa ajudam na preservação do solo, assim como o manejo integrado com plantas fixadoras de nitrogênio, como a soja. Os ecossistemas são saudáveis o suficiente para que a COFCO colabore na produção local de mel, inclusive por meio de treinamento e transferência de tecnologia. "Os produtores locais de mel aumentaram sua produção em até 50%, além de constatarem o reaparecimento de outros insetos”, diz ela.
Olhando para o futuro, a COFCO está buscando outras maneiras de reduzir o uso de produtos químicos e produzir cana de açúcar de forma mais saudável. Nossa equipe está investindo tempo e esforços significativos em pesquisas sobre fertilizantes orgânicos e no uso de nematoides benéficos, bactérias e fungos. As melhores soluções vão no sentido de que a cana possa criar um sistema de autoproteção. "Um dia, descobriremos como usar as defesas naturais da cana", diz Patricia. "E a cana poderá se defender por conta própria."