Os seres humanos são complexos, mas buscam cada vez mais evitar acidentes

A planta recebe sementes de girassol de toda a Ucrânia (especialmente da região leste), processa e exporta o óleo para mais de 30 países em todo o mundo. Situada nos arredores de uma das maiores cidades da Ucrânia, a fábrica de Mariupol é um labirinto de silos metálicos, uma usina de esmagamento, laboratórios, escritórios e armazéns.

Para proteger o meio ambiente, os trabalhadores e a população, o sistema inclui verificações integradas de segurança, como o estado sanitário, detectores e equipamentos de incêndio, gerenciamento cuidadoso do sistema LOTO (lockout tagout) e rigorosos controles de manutenção e qualidade. Os processos, planos, padronizações, leis e regulamentos são mantidos nos mais altos níveis.

Mas, para manter o histórico de nenhum acidente na fábrica desde que começou a atuar, em 2011, Svetlana e sua equipe mantêm foco absoluto nas pessoas com quem trabalham.

"Se apenas uma pessoa tem um problema, está estressada ou infeliz, isso pode impactar tudo ao redor", diz Svetlana.

“Então, quando estou nas áreas de produção, observo cuidadosamente não apenas as medidas de segurança e o trabalho feito com o devido equipamento, mas também a forma como as pessoas estão fazendo seu trabalho: eu tento mapear humor delas.”

Sem compromisso

Nascida e criada na região central da Ucrânia, assim como seu pai, Svetlana, iniciou sua carreira com um diploma de monitoramento ecológico-econômico por computadores pela Universidade Nacional de Economia de Kharkiv. Depois de retornar à Mariupol, sua cidade natal, em 2011, trabalhou pela Noble e posteriormente pela COFCO International, onde logo se especializou em saúde e segurança.

Na maioria das vezes, grande parte das pessoas cumpre as regras de segurança, mas as pressões do trabalho podem levar alguns profissionais a buscar o corte de custos. Em uma ocasião, um contratado externo estava desmontando um antigo silo e pediu a Svetlana que "fechasse seus olhos por três semanas" para que ele pudesse terminar seu trabalho mais rapidamente.

"Esqueça", lembra Svetlana dizendo a ele. "Eu não trabalho desta forma."

Para proteger a saúde e a segurança de suas equipes, a COFCO exige, por vezes, que a equipe dedique mais tempo em um projeto do que dedicaria se estivesse trabalhando com outra pessoa.

"Não me arrisco  em situações em que vidas estão em jogo"

O treinamento é o componente essencial. Todo mês, Svetlana organiza cerca de 20 a 25 sessões de treinamento. "É um procedimento sério", diz ela. "Mas eu sempre acabo me divirtindo".

O mais importante é que essas sessões ajudam as pessoas a compreender a importância das regras de saúde e segurança. Por que precisamos trabalhar com segurança? "Porque, no final do dia, nossos amigos e familiares querem que voltemos para casa", diz ela.

O foco de Svetlana reflete uma perspectiva mais ampla da COFCO, na qual a saúde e a segurança se expandiram além de verificações e procedimentos para analisar mais aspectos humanos, como treinamentos, conscientização e envolvimento dos funcionários. Todos são responsáveis ​​por garantir estas condições no ambiente de trabalho.

De fato, Mariupol faz parte da iniciativa global da COFCO chamada “De Olho no Risco”/"Eyes on Risk", na qual todos os funcionários são acionados para relatar quaisquer riscos à segurança ou comportamentos inadequados para, em seguida, propor soluções.

“Essa iniciativa mobilizou toda nossa força de trabalho para garantir a segurança no local de trabalho, diz Svetlana.

"Todos aqui são inspetores e promotores de práticas seguras, e é exatamente disso que nós precisamos."

Orgulhosa de sua cidade

Estrategicamente situado com acesso ao Mar de Azov e ao Mar Negro, Mariupol também possui um grande porto. Em novembro, a COFCO International anunciou uma parceria com o governo local para desenvolver a infraestrutura portuária e ajudar a aumentar o tráfego de carga em três partes.

Svetlana diz que ficará feliz em testemunhar a transformação.

"Precisamos dedicar todas as nossas forças e energias para tornar esta cidade maior, melhor e mais habitável".

Em seu tempo privado, Svetlana se envolve em projetos de reciclagem nos bairros, ajudando a instalar contêineres e incentivando as pessoas a realizar coleta seletiva do lixo.

"No trabalho e em casa, eu situo as pessoas como referência para tudo", diz ela. "Foi assim que escolhi trabalhar e viver minha vida".